Até gostaria de falar mais dela, mas de Mirna ficou apenas o efêmero: como a tempestade que logo em seguida dá lugar ao sol. Perguntar o que é o efêmero diante do universo, por outro lado, tem pouco valor prático. Como não? Até o universo cedo ou tarde se desmanchará. O universo e o amor de Mirna, um e outro de fragilidade insuspeita.
Falemos do universo, então. A profundeza cósmica lembra Mirna. É que os olhos dela são escuros e escondem buracos negros: a matéria e você são tragados. Ela e o universo, do caos à supernova, início e fim fechando um ciclo. E sempre com estrondo.
De Mirna sobrou apenas poeira cósmica.
A astrofísica moderna diz que todos somos feitos de sóis. A ciência se desdiz a cada instante, mas isso faz sentido. Só assim posso entender os olhos de Mirna, escuros e de buracos negros escondidos. E o astrônomo, de coração partido, preferiria estar perdido nas imensidões de Alfa Centauro.
gosto de ler seu blog. por nenhum motivo, apenas pois é vulgar. gosto da sua escrita despretenciosa, porém atingível bem onde se pretende atingir. quem dera que mais pessoas soubessem desse espaço e lessem mais este blog. parabéns, afinal, os escritores precisam de críticas. aqui deixo a minha.
ResponderExcluir"não sei, estou confusa"- tudo começou aí, eu lembro. aquela noite interminável... É acho que ESSA musa se foi...
ResponderExcluirboa sorte!
Realmente, Danillo. Há uma ordem cronológica no desenrolar desse relacionamento (real?, imaginário?). Não acredito, mas talvez Mirna reapareça. Nem que seja para uma (derradeira) despedida.
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