Eu mencionei que Alice era casada? É que isso não era obstáculo digno de nome. Nos dias em que era minha era como se não houvesse rival no universo. Tão natural que o mundo lá fora não importava, certidão de casamento de papel picado, aliança no dedo metal sem valor. Eu o Único Homem, ela a Eva em nosso Éden desajeitado. Aos pés, esmagada, a serpente do ciúme.
Digo que ser casada não era obstáculo porque Alice abandonaria tudo por mim. Ela, que tinha muito mais a perder, doava-se generosa e escolhia o arriscado. Mas eu, ciente de minhas fraquezas, tive medo. E aquele meu choro amargurado, no chão do quarto escuro, não era apenas por frustrar Alice. Era também por minha covardia, minha incapacidade, era por mim mesmo que eu também chorava.
Ah... Autopiedade.
ResponderExcluirRapaz, belíssima história. Amor verdadeiro. Torço pra tu e Alice. Acho que nasceram um para o outro. Como tu mencionastes no texto passado, já passou da hora de Alice pousar ai. Nao acha?
ResponderExcluirAbraco fraterno.
Nilo
eita, como já me deixaste na incerta verdade se essas inspirações existem concretamente, só posso dizer que jogar-se ao chão escuro e renegar-se corajoso, é bem válido e humano!
ResponderExcluirTambém fico pensando se essas historias sao verdadeiras ou mera ficçao.Uma coisa posso dizer, são belas histórias. Eu queria uma "Alice" pra mim. Que largasse tudo pra ficar comigo.
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