This story is fiction, and any events or near-similar events in actual life which did transpire have not prejudiced the author toward any figures involved or uninvolved; in other words, the mind, the imagination, the creative facilities have been allowed to run freely, and that means invention, of which said is drawn and caused by living one year short of half a century with the human race . . . and is not narrowed down to any specific case, cases, newspaper stories, and was not written to harm, infer or do injustice to any of my fellow creatures involved in circumstances similar to the story to follow.


(Charles Bukowski, "The Murder Of Ramon Vasquez")

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Decididamente

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Decididamente, acabou. Sigo aqui, no Outras vulgaridades, e apenas em verso. Querendo escrever algo em prosa, darei um jeito. Obrigado até aqui; continuemos!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu me reservo o direito de poetizar de forma louca

4 comentários:
Eu me reservo o direito de poetizar de forma louca
às favas com a coerência
e o espaço-tempo rigoroso

me reservo o direito de dizer sandices
de abluções em fogo
e cuspidelas de meteoros

sorver a via láctea num trago longo
picotar a realidade em pedacinhos
como Shiva bêbado

e o vomitar de estrelas na divinal ressaca

domingo, 2 de março de 2014

Ainda com cheiro de noite

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Ainda com cheiro de noite
adentro a manhã rosada
comigo junto
cigarro
e alguns versos.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Idiomático

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sonhei com um idioma
que não era deste mundo:

falado em outras esferas
uma outra gramática
como um cirílico às avessas
pitada de alemão, toque
de gaélico
mandarim ao contrário e inglês misturado

foi assim
a conversa que ouvi
no sonho

mas entendia tudo
mesmo sem saber
ler ou escrever

nos sonhos, é evidente
lábios e línguas

são detalhe

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Schumann ouvindo vozes de anjos

Um comentário:
Schumann ouvindo vozes de anjos
e sempre falam com doçura
aqueles cicios e sussurros angelicais
e os suspiros, e os
gemidos
tudo isso lhe falam os anjos ao ouvido

Robert aperta os olhos, sorri ora em êxtase
ora em pânico

aperta os olhos e pensa na próxima melodia
nos acordes de seu órgão

o angelical órgão de Robert Schumann
passando um pouquinho
daquilo que os anjos
lhe sussurram

às vezes são os diabos, todos eles
ao ouvido blasfemando

e Robert aperta os olhos, sorri ora em pânico
ora em êxtase

tão diabólicas aquelas vozes daqueles anjos tão
angelicais como
só Lúcifer seria, ele
que era
anjo e diabo

e Robert corre ao piano
e ali derrama tudo
ora em pânico ora em êxtase

o angelical órgão de Robert Schumann

estremece às vezes, por ora,
quando Schubert em espírito vem lhe falar
e cicia e sussurra em seu ouvido
o velho Schubert e suas artimanhas

e ao piano, bravo!, Robert,

compõe música ao mesmo tempo de anjo e de demônio

e já Robert saltando no delírio suicida
a bocarra aberta do rio
Robert que já não aguenta
os anjos ao ouvido

Clara! você também anjo
na melancolia angelical de ver o marido
balbuciando, Clara, sobre anjos
de ver o marido recolhido ao sanatório

na melancolia angelical de ver Robert,
ele que ouvia anjos

-ao leito de morte, já sem falar-

em êxtase e em pânico
batendo asas como um deles.

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