This story is fiction, and any events or near-similar events in actual life which did transpire have not prejudiced the author toward any figures involved or uninvolved; in other words, the mind, the imagination, the creative facilities have been allowed to run freely, and that means invention, of which said is drawn and caused by living one year short of half a century with the human race . . . and is not narrowed down to any specific case, cases, newspaper stories, and was not written to harm, infer or do injustice to any of my fellow creatures involved in circumstances similar to the story to follow.


(Charles Bukowski, "The Murder Of Ramon Vasquez")

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Chaos theory

Ela vai embora, e fico estirado na cama. Deixou-me a sós com a poeira e os pensamentos. O quarto acaba por lembrar um cenário de guerra, não apenas pelo caos -não metafórico- do ambiente como pela batalha travada, essa prazerosa porém. Mas também caótica: o caos está sempre presente quando homem e mulher se encontram, e não é na ordem e na harmonia que se conciliam os corpos ofegantes.

Ela deixa nosso pequeno reino de caos e volta para sua vida.

Penso: ela não gostou. O caos foi demais pra ela, não apenas a poeira e os livros pelo chão, ou sequer as paredes descascadas e o cheiro dos cachorros: o caos do meu próprio coração outrora seguro mas hoje reconhecidamente frágil.

Há que juntar os cacos, pedacinho por pedacinho. Fosse cerâmica chinesa. Do caos dos fragmentos espalhados, podemos chegar lá: na paz beatífica. E talvez ela volte, para desarranjar novamente a ordem recém-conquistada.

Afinal, o caos ganha sempre. A ordem é a exceção: é quando Deus está distraído.

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